O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, apresentou na última terça-feira (29), durante a reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros, planilhas mostrando o impacto do preço internacional do petróleo nas contas da estatal. Também apresentou um estudo sobre o possível impacto do reajuste dos combustíveis sobre a inflação. A informação foi dada pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão.
Ele, no entanto, disse que Gabrielli não apresentou porcentuais de reajuste e também não apresentou o tamanho do impacto do reajuste na inflação. "Gabrielli fez um estudo e disse que o impacto seria mínimo, mas não disse quanto seria. No momento certo ele vai ter que conferir os números com o Ministério da Fazenda", disse Lobão, acrescentando que a inflação é, sem dúvida, a maior preocupação do governo.
Lobão contou que o reajuste dos combustíveis foi o último assunto da pauta da reunião de ontem, que também teria discutido o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Os números têm de ser conferidos. Mas a Petrobras insiste que precisa ter reajuste dos combustíveis, em função da defasagem dos preços", disse Lobão.
Segundo o ministro, Gabrielli afirmou que houve reajuste de 100% dos preços internacionais do petróleo em dois anos e que e Petrobras segurou os preços nesse período. "Mas o presidente Lula preferiu uma nova reunião. Então, o Gabrielli não desceu muito a detalhes", afirmou Lobão, ao sair de reunião no Palácio do Itamaraty, que discutiu a integração sul-americana.