Apenas as metas traçadas pelo governo para reduzir o desmatamento da Amazônia e do Cerrado são inegociáveis. Nos outros setores, como agropecuária e energia, os objetivos serão mais flexíveis. Há uma meta máxima e mínima nesses casos, o que dá brecha para resultados menos expressivos. Na área de biocombustíveis, por exemplo, a redução de gases do efeito estufa pode variar de 79 milhões a 99 milhões de toneladas de CO2. Entre as ações que foram listadas pelo governo para atingir o compromisso do País estão, na agropecuária, a recuperação de pastos e o plantio direto (no qual não se revolve a terra).
No caso do setor energético, avalia-se que será preciso aumentar a eficiência do País, ampliar o número de hidrelétricas e o uso de fontes alternativas, como a eólica. No caso da siderurgia, o governo já havia alardeado a ideia do “aço verde”, que consiste num compromisso com o setor para o uso somente de carvão vegetal proveniente de florestas plantadas, como de eucalipto. Assim, garante-se que não haverá desmate de florestas nativas para viabilizar a produção.
A ministra Dilma Rousseff ressaltou mais de uma vez que alcançar a meta não será uma responsabilidade exclusiva do governo federal, mas deverá incluir também ações dos Estados e da iniciativa privada. Sobre a questão de financiamento, ela disse que o governo tem “parte dos recursos” e que pode buscar dinheiro no exterior. “Quanto mais recebermos, mais faremos”, afirmou.