O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), disse neste sábado (29) que a paralisação do único hospital de infectologia do Rio não faz falta ao combate da epidemia de dengue que assola o Estado, principalmente a capital fluminense. Até a última sexta-feira (28), 54 mortes por dengue foram confirmadas.
O Instituto Estadual de Infectologia São Sebastião, construído no século 19 na zona portuária, está funcionando com menos de 20% de sua capacidade. "Aquilo era um caos, uma desorganização. Um prédio completamente desestruturado, longe de tudo.
Para o governador, não houve equívoco de seu governo ao fechar o hospital de concretizar a sua transferência para o prédio da Beneficência Portuguesa, no Catete, que ainda será comprado.
Cabral também criticou o presidente do Sindicato dos Médicos do Rio, Jorge Darze, que classificou ontem o fechamento do hospital como um crime contra a saúde pública. "Acho que o sindicato neste momento tinha que estar mobilizando os médicos", disse, concordando com a decisão da Justiça de obrigar os governos estadual e municipal a oferecer um leito aos pacientes com dengue em 24 horas, mesmo que o SUS tenha de pagar por um leito na rede privada.
O governador disse não saber se o instrumento será necessário e informou que o Hospital Israelita ofereceu leitos para doentes da rede estadual. O secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes, ressaltou que os hospitais privados também estão sobrecarregados.