Para Conass, discussão sobre dengue deve envolver SUS

Discutir a atual situação endêmica de dengue no país ? sobretudo no estado do Rio de Janeiro ? deve incluir "uma avaliação do real estado" em que funciona o Sistema Único de Saúde (SUS). "É ver como o SUS evolui e quais as suas previsões", afirmou nesta terça-feira (1º) Jurandi Frutuoso, secretário executivo do Conselho Nacional de Secretarias Estaduais de Saúde (Conass).

Ele participou de audiência pública no Senado para discutir o controle da dengue, da malária e da febre amarela. E alertou que além do Rio de Janeiro, a situação em outros estados vem se agravando nos últimos 20 anos.

Um dos problemas centrais, segundo Frutuoso, é a falta de investimento público para a área da saúde: ?O Brasil tem um sistema que pretende ser universal mas que não tem financiamento adequado.? De cada R$ 100 gastos com saúde no Brasil, contou, apenas R$ 48 provêm dos cofres públicos. ?É um sistema eminentemente privado e que pode estar agonizando?, disse.

Integrante do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems), Marcos Franco, de Ubatuba (SP), lembrou na audiência pública que pouco mais de 30% dos municípios brasileiros aplicam mais de 20% dos recursos próprios em saúde pública.

Ele destacou que a falta de investimentos e o saneamento considerado ?insuficiente?, possibilitam a proliferação do Aesdes aegypti, o mosquito transmissor da dengue. ?Os criadouros de hoje são muito diferentes e continuam a se multiplicar quantitativamente e qualitativamente. É preciso incorporar essas novas mudanças em nossas estratégias?, disse.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo