Para CNBB, 2008 é ano de superar vícios eleitorais

O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) dom Geraldo Lyrio Rocha, afirmou, após encontro matinal no primeiro dia da 46ª Assembléia Geral da CNBB, que 2008 é um ano para superar vícios eleitorais. "Estamos procurando superar vícios que nos acompanham há muito tempo, maneiras inadequadas de conduzir o processo eleitoral", disse. "Há candidatos corrompendo eleitores com compra de votos e eleitores corrompendo candidatos com a venda de votos.

Dom Geraldo afirmou que, embora a legislação procure coibir a compra de votos, a situação ainda é preocupante no interior do País. "Temos um longo caminho a percorrer", disse. Mais reservado, o cardeal dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, não deixou que as eleições de 2008 se tornassem foco de suas conversas na manhã de hoje, no mosteiro de Itaici, em Indaiatuba a 102 quilômetros de São Paulo. "Há uma série de temas na pauta e outros temas (sociopolíticos e socioeconômicos) serão tratados mas não como temas centrais da assembléia", afirmou.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou carta ao presidente da CNBB na qual afirma ter consciência de que "não cabe a nenhum governo ou forma de poder tentar domesticar ou reduzir o papel das igrejas ou comunidades religiosas". Dom Geraldo solicitou ao vice-presidente da CNBB que, com a ajuda de outros dois bispos, responda a Lula. Ao falar sobre o ano eleitoral, dom Geraldo considerou comum atos de governantes serem interpretados como eleitoreiros. "Mas cabe mais ao Tribunal (tribunais eleitorais) do que à CNBB julgar isso.

Durante nove dias, os bispos vão discutir e aprovar novas diretrizes de Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil. As conclusões da 5ª Conferência do Episcopado Latino-americano e do Caribe, em Aparecida (SP), no ano passado, também serão discutidas na assembléia. Cerca de 300 bispos na ativa e outros 80 aposentados participam do encontro, no qual serão debatidos ainda os melhores caminhos para a chamada Missão Continental e a reconquista do "rebanho" católico não praticante.

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