Para Celso Amorim, G 4 está morto, mas Rodada Doha continua

Brasília – O G 4 ?está morto? na avaliação do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. O grupo formado por Brasil, Índia, Estados Unidos e União Européia vinha liderando as negociações na Organização Mundial do Comércio (OMC), na tentativa de conciliar posições entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento.

Ontem, insatisfeitos com as ofertas norte-americanas e européias apresentadas, Brasil e Índia suspenderam o diálogo. ?Agora que o G 4 está morto veremos o que podemos fazer em nível multilateral?, afirmou Amorim, em coletiva à imprensa na manhã desta sexta-feira (22), em Genebra.

?Acho que Estados Unidos e União Européia encontraram um nível de conforto mútuo, o que, naturalmente, supõe níveis mais baixos de ambições tanto em subsídios domésticos quanto em acesso a mercados nos países desenvolvidos?, avaliou. ?Como sempre ocorreu, o que eles acordam eles consideram como sendo um acordo e os outros não podem mudar a essência, talvez possam mudar uma pequena vírgula".

Amorim destacou que fez questão de ir a Genebra para relatar o que ocorreu na reunião do G 4 aos demais membros da OMC. ?O Brasil sempre sentiu que estava lá não apenas representando a si mesmo, mas representando o G20 em termos de agricultura. Também tentamos expressar os sentimentos, os pontos de vista e as percepções dos países em desenvolvimentos?, justificou.

Apesar de decretar o fim do G 4, Amorim destacou aos jornalistas que não acha que a Rodada Doha, série de negociações da OMC, esteja morta ou mesmo ?agonizando?. ?Acho que houve um retrocesso, não há dúvidas quanto a isso?, avaliou. ?Agora cabe aos conjunto de membros ver como podemos lidar com isso?, reiterou. ?Às vezes um processo está esgotado, mas se pode tentar outro processo. Acho que será difícil, mas não impossível?.

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