Para Casagrande, processo de Renan “assombra o Senado”

A conclusão do processo contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), será mais rápida a partir de agora, segundo afirmou nesta sexta-feira (6) o senador Renato Casagrande (PSB/ES). "É um processo que está assombrando o Senado", acrescentou explicando que a culpa dessa situação, é das manobras ocorridas para "empurrar o caso. Após 30 dias, o Senado começa a responder à sua crise".

Ele acredita que não existe mais margem para novas tentativas para protelar o processo, o que significa maior velocidade na apuração dos fatos que comprovam ou não a quebra de decoro parlamentar por parte de Calheiros. Adiantou que na próxima terça-feira será solicitada à mesa do Senado autorização para a Polícia Federal realizar perícia na documentação apresentada por Renan.

Para a senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), o próprio ambiente tenso do Senado afasta qualquer tentativa de novas manobras do gênero. Segundo afirmou, existe um esforço do Conselho de Ética do Senado no sentido de agilizar os trabalhos visando à conclusão mais rápida do processo. "Não é necessário, por exemplo, ouvir as pessoas que negociaram bois com Renan Calheiros".

"O Conselho vai se concentrar em aspectos substanciais, como a perícia da PF e o cruzamento de dados da evolução do patrimônio do senador com as emendas envolvendo a empreiteira Mendes Júnior". Marisa e Casagrande são relatores do processo no conselho, juntamente com o senador Almeida Lima (PMDB-SE).

Ambos participaram hoje da 5ª audiência pública realizada pela Comissão Mista de Mudanças Climáticas do Congresso Nacional, na Assembléia Legislativa de Mato Grosso do Sul. No local, o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) declarou que "está todo mundo meia bomba no Congresso Nacional. Uma mistura da instituição com problemas pessoais dos senadores parou o Senado há quatro semanas".

Amaral disse não concordar com os rendimentos obtidos pelo colega Renan Calheiros com a venda de bovinos. "Minha mãe, a pecuarista Rosely do Amaral, 71 anos, que tem uma propriedade rural em Corumbá, quer saber o segredo de comercializar a arroba a R$ 60,00 quando ela só consegue R$ 42,00", ironizou.

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