O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, criticou a proposta do DEM com fontes alternativas de recursos que permitiriam o fim da cobrança da CPMF o que, na sua avaliação, tem uma série de equívocos. Entre os quais, a alternativa de cancelamento de despesas não empenhadas. "Se não está empenhado, não vai ter efeito nenhum fazer este corte. Vai cortar o quê?", ironizou, em audiência pública na Comissão que analisa a proposta de prorrogação da CPMF.

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Ele cobrou da oposição um diálogo responsável. "Não dá para só fazer discurso", disse, lembrando que o DEM votou pela elevação do valor do salário de R$ 280 para R$ 600, o que representaria um aumento dos gastos do governo. Paulo Bernardo defendeu um diálogo aberto sobre contenção de gastos. "Seria mais produtivo sentarmos à mesa e discutirmos o que se pode fazer", afirmou.

Durante audiência pública, o ministro disse que a não prorrogação da CPMF vai gerar um problema que terá impactos macroeconômicos. "Não sei se será mais inflação, mais turbulência.Tenho certeza que o Congresso sabe bem", disse. Ele defendeu o aumento de 56 mil novas contratações de servidores públicos, prevista na proposta de orçamento de 2008. Destacou que 12 mil dessas contratações são para substituições de funcionários terceirizados. Paulo Bernardo mostrou que em 1995 as despesas com pessoal representavam 5,22% do PIB e a previsão do governo é de que estes gastos fiquem em 4,76% do PIB em 2008.

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