O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse que o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre está em nível adequado, mas que a perspectiva do governo é de que seja melhor ainda no segundo trimestre. "Já sabemos que o segundo trimestre está muito bom. Com certeza, será melhor que no primeiro trimestre, não só porque a base é fraca (o resultado do segundo trimestre de 2006 foi baixo), mas porque está havendo uma aceleração na atividade industrial", afirmou o ministro, que participou hoje de um seminário sobre combate à corrupção. Ele disse que o governo continua apostando na meta de crescimento do PIB para este ano de 4,5%. Segundo ele, podendo até ultrapassar esse porcentual.
A economia brasileira cresceu 0,8% no primeiro trimestre deste ano, em comparação ao último trimestre de 2006, segundo os números do PIB divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação ao primeiro trimestre do ano passado, o PIB registrou expansão de 4,3%.
Ao ser questionado se o consumo do governo ajudou a impulsionar o crescimento do PIB no primeiro trimestre, Paulo Bernardo disse que a avaliação do governo é de que os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) ainda não tiveram influência no crescimento do primeiro trimestre. "O que acaba sendo um fator positivo por que significa que no segundo trimestre sentiremos o efeito positivo do PAC no PIB", disse Bernardo. O ministro acredita também que o PAC também deve influenciar positivamente o indicador de formação bruta de capital fixo no segundo trimestre. "A tendência é que os investimentos também cresçam", afirmou.
Em relação ao crescimento da indústria, que foi de 3% em relação a igual período de 2006, Paulo Bernardo acredita que houve um impacto das importações de equipamentos que, segundo ele, num primeiro momento não é bom para a indústria. Mas num segundo momento, explicou, a modernização do parque fabril vai gerar um crescimento maior na atividade industrial. Ele lembrou que a indústria automobilística cresceu 8,3% entre abril e maio deste ano, sinalizando uma aceleração no ritmo da atividade industrial.