O traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, classificou de “fábrica de loucos e monstros” a Penitenciária Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. O criminoso está em Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) desde agosto, quando a Operação X da Polícia Federal desvendou um suposto plano de extorsão e seqüestro de autoridades do Legislativo, Executivo e Judiciário. Permanece isolado numa cela sozinho, sem acesso a TV, rádio ou jornais. “Estou pagando por uma coisa montada pelo Abadía (Juan Carlos Ramirez Abadía, traficante colombiano extraditado para os Estados Unidos em agosto). Prova disso é que até hoje os promotores não conseguiram oferecer a denúncia”, disse o traficante, em entrevista veiculada na noite de domingo (21) pelo programa Domingo Espetacular, da TV Record.

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Beira-Mar está visivelmente mais magro em relação às últimas aparições públicas. Ele reclamou do rigor do juiz federal Odilon de Oliveira, titular da 3ª Vara Federal de Campo Grande e corregedor do presídio de segurança máxima. “A caneta dele está muito pesada”, disse, sorrindo. As queixas não pararam por aí. O traficante disse que pretende fazer um curso de direito à distância, mas não pode ler os livros indicados nem ter acesso à internet. Disse que é vítima da mídia e protestou por não poder ter contato mais próximo com os 11 filhos. “Eles perderiam quatro dias de aula para sair do Rio e vir até aqui. Agora nas férias eles vão poder me visitar”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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