O futuro do recém-empossado senador Gim Argello (PTB-DF) é mais complicado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do que no Senado. Até seu advogado, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Maurício Corrêa, reconhece que a situação do parlamentar é mais grave na Justiça Eleitoral. Pessoas próximas a Argello compartilham a mesma opinião.
Nos dois casos, ele corre o risco de perder o mandato e se tornar inelegível pelos próximos 15 anos. A diferença é que a condenação no tribunal atingirá também seus dois companheiros de chapa: o titular da vaga ao Senado, Joaquim Roriz (PMDB-DF) – que renunciou há 15 dias para não ser cassado -, e o segundo suplente, o engenheiro Marcos de Almeida Castro.
Em agosto, o TSE vai julgar a denúncia por uso da máquina pública e propaganda ilegal contra os três. Eles foram inocentados em outubro no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), por quatro votos a dois, depois que um dos juízes mudou o voto e rejeitou a acusação. Mas o Ministério Público e o PC do B recorreram ao TSE.
O julgamento foi marcado pela polêmica. Reportagem da revista Veja disse que Roriz teria subornado juízes para reverter a decisão do processo.