O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse nesta quarta-feira, 17, que o papa Francisco vai entender, quando chegar ao Brasil, que os protestos nas ruas fazem parte da “saúde democrática” nacional. A uma semana da Jornada Mundial da Juventude, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) vê as manifestações nas ruas como a maior “fonte de ameaça” à visita do papa Francisco, tanto no Rio de Janeiro quanto em Aparecida (SP). O alerta foi mostrado em um painel de informações disposto em uma sala do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin), dentro da própria Abin, em Brasília.

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No painel dedicado ao Rio de Janeiro, aparecem seis “fontes de ameaça”: incidentes de trânsito, crime organizado, organizações terroristas, movimentos reivindicatórios, grupos de pressão e criminalidade comum. O maior nível de preocupação é com os chamados “grupos de pressão”.

O protesto de categorias – como centrais sindicais, caminhoneiros e médicos – se enquadra dentro dos “movimentos reivindicatórios”, enquanto a Abin considera como “grupos de pressão” manifestações difusas, sem uma causa específica.

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“A principal segurança do papa é o entusiasmo, a tradição de paz e de fraternidade do povo brasileiro. Nós não estamos efetivamente preocupados, a não ser claro com aquilo que é a nossa obrigação de oferecer: apoio logístico, e de segurança a um chefe de Estado que é o que o papa representa e é”, disse o ministro a jornalistas, após participar de reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social.

“Protestos que possam haver fazem parte da democracia. O papa tem se mostrado tão aberto, tão plural na sua concepção, que eu tenho certeza que ele vai saber entender que isso é parte da saúde democrática de um País. Saberemos conviver sem problema e espero, pacificamente, com toda forma de manifestação.”

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Para Carvalho, o importante na Jornada Mundial da Juventude é que se trata de um momento de “renovar a esperança” dos jovens num futuro “melhor e mais fraterno”.