O avião da Alitália com o papa Francisco pousou pouco antes das 16h no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro – Antônio Carlos Jobim, o Galeão. A presidente Dilma Rousseff recebeu o pontífice, que passou em revista duas filas de militares, que prestaram continência por ser chefe de Estado. Um coral de 40 jovens da Paróquia de Nossa Senhora da Paz fez uma pequena apresentação, cantando a música “Papa Francisco Abençoa”, segundo o padre Omar Raposo, do Santuário Cristo Redentor.
Em seguida, o papa partiu para a Catedral Metropolitana de São Sebastião do Rio de Janeiro, em carro fechado e protegido por batedores. Enquanto aguardam o santo padre, peregrinos de língua espanhola entoavam cânticos no microfone do altar. Dentro da catedral, a maioria das bandeiras empunhadas são de países da América Latina, principalmente da Argentina.
Voluntárias
Voluntárias que trabalham na recepção do Palácio Guanabara choraram e cantaram enquanto viam nos telefones celulares as primeiras imagens do papa no Brasil. “Ei, papa Francisco, nós somos os jovens de Cristo”, cantavam. “Essa é a juventude do papa”, repetiam em coro. “É muito bom ser católica”, disse a fiel Aline Vonsovicz, de 23 anos, que mora em Curitiba e chegou semana passada à capital fluminense. “Imagina quando ele chegar aqui, a gente vai passar mal!”, disse a católica Fernanda Sales, 27 anos.
Caminho pelo Rio
O carro que transportava o papa Francisco teve dificuldade para avançar pela avenida Presidente Vargas, perto do sambódromo, no centro do Rio, por conta da multidão de fiéis que tenta se aproximar do veículo. O carro estava com a janela aberta e o público queria tocar o papa.
Animadas, as amigas Ana Maria Carvalho e Renilma Albino, ambas de 62 anos, aguardavam a chegada do papa Francisco à Catedral Metropolitana do Rio. “Estou aqui para agradecer”, disse a carioca Renilda, que mora a poucos metros da Catedral, na Rua Riachuelo. “Vim direto da quimioterapia e quero ver o papa”, sorriu a aposentada, que contou estar vencendo a luta contra um câncer linfático. Ela está animada com o papado de Francisco. “Estou achando ele mais dado, o Bento era muito fechadão. Estávamos carentes de alguém assim depois do João Paulo II”, disse.
A amiga Ana Maria é mineira de Caratinga, mora em Coronel Fabriciano e veio ao Rio para ver o papa. Ela se inscreveu como peregrina, mas não deve topar os 13km de caminhada para chegar ao Campus Fidei, em Guaratiba, na zona oeste do Rio, no sábado. “É muito longe e os 13km são muito para mim, acho que vou ver em casa. Mas na praia de Copacabana vou todos os dias”, disse. Ela está ficando na casa de outra amiga, que está recebendo outras três peregrinas, também na rua Riachuelo.