O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira (18) que o País vai superar a ausência dos recursos da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), que o Senado derrubou em dezembro. "Vocês sabem que no final do ano teve um grupo de pessoas lá no Senado da República que tem uma imaginação, que eu diria, extraordinária. Resolveram tirar a CPMF do governo. Isso significou retirar R$ 120 bilhões do governo até 2010, nos quais estavam incluídos o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) Saúde", afirmou Lula, durante lançamento de obras do PAC em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.
Segundo ele, R$ 24 bilhões eram para a saúde. O presidente disse que a oposição dizia: "Oh, não vamos deixar passar, porque imagina se esse Lula tiver R$ 120 bilhões até 2010, ele vai querer eleger o seu sucessor. Nós temos que derrotá-lo. Mas como eu tenho sorte, se Deus quiser, eu vou arrecadar os R$ 40 bilhões que me tiraram, vou fazer todos os programas que eu queria fazer na área da saúde e eles vão ficar com mais raiva ainda, porque as coisas vão acontecer da mesma forma".
Para demonstrar que o PAC tem isenção política, Lula disse que R$ 8 bilhões foram destinados ao Estado de São Paulo e outros R$ 4 bilhões para Minas Gerais, ambos Estados governados por tucanos – José Serra e Aécio neves, respectivamente.