País sobe 10 posições entre liberais

Londres

– Um estudo, que põe Hong Kong no primeiro lugar do ranking, feito pelo Instituto Cato, organização com sede em Washington que defende a liberalização da economia para se alcançar o desenvolvimento econômico, apontou que o Brasil ganhou dez posições no ranking das economias mais liberais. No levantamento do ano passado, com base em dados de 2001, o Brasil ocupava o 84.º lugar. O estudo divulgado ontem é feito com base em dados de 2002, antes da posse do governo Luiz Inácio Lula da Silva.

Nesse estudo, o Brasil ficou na frente da Argentina, classificada em 86.º lugar, mas atrás do Chile (22.º), país que teve a melhor pontuação de toda a América Latina. A maioria de países da América Latina não teve grande desempenho no relatório. Além do Chile, só houve dois países com destaques Panamá e El Salvador (ambos no 27.º lugar).

Hong Kong, ex-domínio britânico e hoje parte do território da China, recebeu nota 8,7 e ocupa o topo do ranking desde a publicação do primeiro estudo das economias mais livres no mundo, em 1996. Cingapura está em 2.º lugar, e em terceiro, empatados, estão Estados Unidos, Grã-Bretanha, Nova Zelândia e Suíça. A nota máxima é 10. O Brasil recebeu 6,2. Entre as grandes economias emergentes, a China ficou classificada em 90.º lugar, com uma pontuação de 5,7, e a Índia, em 68.º, com 6,3.

“O Brasil tem avançado, mas sem nenhum grande destaque. Conseguiu atingir alguma liberdade econômica na última década, mas não tanta como outros países latino-americanos”, disse o diretor do programa de liberdade econômica global do Instituto Cato, Ian Vasquez. Vasquez acredita que a razão pela baixa classificação do Brasil se deve a uma “estrutura de governo muito vasta e pesada” e um sistema jurídico que merece críticas.

A área da regulamentação de negócios é também “problemática” no Brasil, segundo Vasquez. Ele disse que, nessa área, o Brasil recebeu notas mais baixas este ano do que em outros. “Existe uma razão que explica por que o Brasil tem um economia informal tão grande; é extremamente caro e difícil para os cidadãos comuns conseguir cumprir com todas as regras impostas aos empresários”, disse Vasquez.

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