País não está imune às crises, acredita presidente do PT

O Brasil não está imune à crise que assola os mercados financeiros internacionais. Entretanto, o País hoje vivencia um momento mais saudável do que anos anteriores e, portanto, tem condições mais favoráveis para enfrentar uma possível turbulência. A avaliação é do presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, em entrevista publicada nesta terça-feira (21) no portal do partido. "O Brasil não está imune às crises, mas a saúde melhor faz com que não soframos tanto", acentua.

O presidente da legenda enumera ainda fatores que deixam o Brasil numa condição mais tranqüila diante do cenário internacional. "Os fundamentos hoje são radicalmente diferentes daqueles que herdamos", pontua o petista. E emenda: "(Hoje temos) Saldo de mais de U$ 40 bilhões na balança comercial, dívida interna em queda em relação ao PIB (Produto Interno Bruto) e sem indexação cambial, crescimento de 5% no PIB, saldo de transações correntes confortável".

Berzoini citou ainda o recente levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgado na sexta-feira, que apontou avanço nas negociações salariais com ganhos reais superior à inflação, no primeiro semestre deste ano. Para o presidente do PT, o crescimento da economia com geração de empregos influencia positivamente o ambiente de negociação, e disse ainda que os sindicatos hoje tem "mais poder de fogo".

Classe média

Sobre a tese do surgimento de uma "nova classe média", apontada por uma recente reportagem da publicação britânica "The Economist", o presidente da legenda petista enfatiza que antes de mais nada é preciso primeiro "consolidar a credibilidade econômica". Depois, deve-se ter um aprofundamento sobre o novo enfoque, "que combina estímulo à economia de mercado, mas ao mesmo tempo com investimentos e programas governamentais que se dirijam aos mais frágeis, do ponto de vista social e regional".

Social

Por fim, do ponto de vista social, Berzoini listou os focos para "se reduzir a pobreza e induzir a demanda nas regiões mais carentes". "O PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), o PDE (Plano de Desenvolvimento da Educação), o programa de biocombustíveis, o Bolsa Família, o PROUNI (Programa Universidade para Todos) e a ampliação do PRONAF (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) são alguns dos vetores desse processo", finalizou.

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