O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse nesta quarta-feira (12) na Comissão de Relações Exteriores do Senado que não é favorável a um diálogo político com os integrantes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). "Primeiro eles teriam de liberar unilateralmente os seqüestrados", afirmou o chanceler. Amorim, no entanto, defendeu o diálogo humanitário com as Farc, mas desde que haja uma autorização do presidente da Colômbia, Álvaro Uribe
"O Brasil não aceita a idéia de classificar as Farc como um segmento beligerante ou insurgente. Seria dar a elas um status que elas não têm, já que praticam uma política de práticas condenáveis", afirmou Celso Amorim. O ministro defendeu diálogo entre todos os países da América do Sul, lembrando que todos os presidentes foram eleitos democraticamente. Reafirmou ainda que o Brasil continua a defender a união dos países do continente em reunião proposta pela Colômbia. Para ele, esta seria uma forma de fortalecer Álvaro Uribe.