Pais de jovem que morreu sem transfusão vão a júri

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) decidiu hoje mandar a júri popular o casal que impediu uma transfusão de sangue da filha Juliana Bonfim da Silva, de 13 anos. Testemunha de Jeová, ela morreu sem que a família autorizasse a menina a receber transfusão de sangue. O médico, amigo da família, também foi denunciado.

Além dos pais da menina, o militar da reserva Hélio Vitório dos Santos, de 68 anos, e da dona de casa Ildemir Bonfim de Souza, de 57 anos, é réu nesse processo de homicídio doloso o médico e amigo da família José Augusto Faleiros Diniz, de 67 anos, membro do grupo de testemunhas de Jeová da família. Não foi acusado nenhum médico que tratou da menina no hospital.

Segundo o TJ, os desembargadores Souza Nery e Nuevo Campos votaram a favor da absolvição do casal, enquanto os desembargadores Roberto Midolla (relator), Francisco Bruno e Sérgio Coelho mantiveram a decisão de 1.ª instância para mandá-los ao Tribunal do Júri.

 

Os réus foram denunciados pela promotoria em 1997, depois de quatro anos da morte da filha, em 22 de julho de 1993, em um hospital em São Vicente, no litoral paulista. Em junho de 2006, a Vara do Júri de São Vicente proferiu a sentença, mandando o casal e o médico a júri popular.

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