Rio (AE) – O conhecimento para a produção de microesferas plásticas usadas no tratamento de tumores vascularizados, incluindo os cancerígenos, não é mais segredo para o Brasil. Além de desenvolver uma tecnologia para a fabricação das partículas, uma equipe do Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ) fez ainda melhor: descobriu uma forma de aprimorá-las. Testado em humanos, o produto já está protegido por patente no Brasil e no exterior e só depende agora da aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para começar a ser manufaturado.
Desenvolvida há dois anos no Laboratório de Modelagem, Simulação e Controle de Processos da Coppe a partícula, invisível a olho nu, é usada nos processos de embolização, uma técnica já conhecida por meio da qual um produto – neste caso as microsferas – é injetado no organismo com o objetivo de obstruir as veias que levam o sangue até o tumor.
O grande diferencial do produto nacional é a estrutura casca-núcleo que, além de permitir uma maior aderência das partículas no interior dos vasos sangüíneos, impede a sua aglomeração dentro do catéter, tubo plástico por meio do qual as microesferas são inseridas no organismo.