O advogado Sérgio Glauco da Silva Rolim de Moura disse acreditar que o médico Leandro Boldrini tem envolvimento no assassinato do filho, o menino Bernardo Boldrini, e que houve um complô inicial para que a culpa recaísse somente sobre Graciele Ugulini, mulher do cirurgião e madrasta da vítima
Moura deu a declaração em depoimento prestado à Justiça em Santo Ângelo, no noroeste do Rio Grande do Sul, nesta sexta-feira, 24. O advogado, que é padrasto de Graciele, foi arrolado como testemunha pelo Ministério Público. A informação foi divulgada pelo Tribunal de Justiça do Estado.
O crime ocorreu em abril. Depois de localizar o corpo do menino de 11 anos em um buraco, em Frederico Westphalen, a 80 quilômetros da casa da família, que fica em Três Passos, a polícia concluiu que Bernardo foi assassinado e prendeu Leandro, Graciele e a assistente social Edelvânia Wirganovicz em abril e o motorista Evandro Wirganovicz em maio. Eles respondem pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
Leandro e Evandro alegam inocência. Graciele atribui a morte do garoto à ingestão acidental de calmantes em excesso. Edelvânia sustenta que não participou do “evento morte”.
A fase de depoimentos arrolados pela acusação chega ao fim no dia 30, quando a avó materna de Bernardo, Jussara Uglione, será ouvida em Santa Maria. Depois, a partir de 26 de novembro, a Justiça tomará os depoimentos das 47 testemunhas da defesa. Não há data prevista para o julgamento do caso.