O vereador Ari Friedenbach (PROS), pai de Liana, defende que Champinha continue internado na Unidade Especial de Saúde (UES), mas acredita que o lugar é subaproveitado. “Certamente, existem outros ‘Champinhas’ internados na Fundação Casa que poderiam ser encaminhados para lá”.
Para Friedenbach, unidades como a UES não são feitas para dar lucro, mas é preciso rever como os recursos estão sendo usados e quais os critérios de internação. Ele admite que a repercussão do caso pode ter influenciado nas decisões de manter Champinha na UES.
Desde que Liana e o namorado Felipe Caffé foram mortos, Friedenbach estudou o caso e ouviu diversos especialistas na área de Psiquiatria. “A descrição é a mesma. Pessoas como o Champinha com esse quadro de psicopatia não têm cura. A liberdade dele pode custar a vida dos outros e a dele própria também. E isso não é uma postura de vingança, porque a minha filha já se foi, já passou. Estou olhando para a sociedade e ele (Champinha), hoje, é um paciente do Estado”.
Ele também critica grupos que defendem a desinternação de Champinha. “Existem entidades, principalmente as ligadas aos Direitos Humanos, que atuam de maneira muita séria e são reconhecidas no País. Mas é preciso mais cuidado ao defender a liberdade de internos como Champinha. No mínimo, deveriam estudar o assunto e ter conhecimento do que os psiquiatras e demais especialistas dizem sobre o caso”.