Após quase cinco anos foragido, o novo júri do pagodeiro Evandro Gomes Correia Filho, acusado de matar a ex-mulher, a operadora de caixa Andréa Cristina Nóbrega Bezerra, e de tentar matar o filho dos dois, em novembro de 2008, começou às 10h40 desta quarta-feira, 11, no Fórum Criminal de Guarulhos, na Grande São Paulo. Seu advogado, Ademar Gomes, disse que ele poderia aparecer, mas o acusado não compareceu à sessão, que será julgado à revelia.

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“Ele está no Nordeste e está vindo. Não sei muito sobre o paradeiro dele”, afirma o defensor. O corpo de jurados, sorteado, é composto por cinco homens e duas mulheres.

A defesa quer mostrar que Andréa tinha problemas psicológicos e morreu porque se suicidou. Supostos bilhetes de despedida datados de antes da morte foram apresentados à Justiça.

 

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Na versão do réu, Andréa não aceitava o rompimento do relacionamento e queria que os dois criassem juntos o filho. Ela o procuraria insistentemente e, na data do crime, tomou uma atitude “possessiva e ciumenta” e se desesperou quando descobriu que o ex tinha outro filho.

 

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Andréa morreu após cair da janela do terceiro andar do prédio onde morava, em Guarulhos, enquanto o menino foi internado com uma fratura do maxilar, após cair sobre a marquise da edificação. A polícia diz que ela se jogou porque o pagodeiro a ameaçou com uma faca. O filho, hoje com 11 anos, está entre as testemunhas de acusação. A acusação quer mostrar que o réu é violento. “Vamos tentar demonstrar por testemunhas que ele (Evandro) infernizava a Andréia”, diz o promotor. “Mesmo com outros relacionamentos e outro filho, ela era a primeira mulher dele. É o primeiro amor que ele não poderia perder”.

Para a defesa, a vítima estava, na verdade, desequilibrada. Ex-namoradas que teriam sido perseguidas pela mulher darão o seu depoimento, segundo o advogado. Um parecer do psiquiatra forense será mostrado ao júri para confirmar a linha de defesa de que Andréa estava fora de si.