Aparecida – O prefeito José Luiz Rodrigues, de Aparecida, no Vale do Paraíba, assinou mais um decreto polêmico. Ele exige que todos os padres de Aparecida andem de batina pelas ruas, ?para dar um ar ainda mais religioso para a cidade?. Aparecida recebe, em média, 7,5 milhões de romeiros por ano, que visitam o Santuário Nacional. Entre missionários e sacerdotes que atuam no Santuário e nas paróquias a cidade possui cerca de 80 padres. O prefeito acredita que os turistas gostam de ver os padres nas ruas. O decreto teve repercussão entre os políticos e a população de Aparecida, mas não entre os padres. O administrador do Santuário Nacional, padre Darci Niciolli, informou que prefere não comentar o assunto. O presidente da Câmara de Aparecida, Ernaldo Marcondes (PDT) considerou a atitude vergonhosa. ?Em troca de mídia ele denigre a imagem da cidade.? Marcondes afirmou que alguns vereadores estão planejando uma moção de repúdio ao decreto e ainda pretendem levar o assunto ao Ministério Público, pois a medida não tem nenhum respaldo jurídico. O uso da batina deixou de ser obrigatório a partir de 1966, quando os sacerdotes foram liberados do traje e foram autorizados a usar camisa com colarinho eclesiástico e crucifixo. Um dos primeiros a deixar de usar a batina foi o cantor e padre Zezinho, na época autorizado por Dom Paulo Evaristo Arns. Ele considera que a decisão do prefeito de Aparecida é extravagante e sem fundamento.

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