A auxiliar de serviços médicos aposentada Zaida de Vasconcellos Gasparoni, de 77 anos, foi morta a pauladas por um paciente com problemas mentais identificado como Ricardo Gonçalves Teixeira, de 56 anos. O crime ocorreu na noite de ontem numa clínica clandestina localizada num sítio no bairro Lomba do Pinheiro, na divisa dos municípios de Viamão e de Porto Alegre.
Depois de golpear a mulher na cabeça com dois pedaços de madeira o próprio paciente foi até a cerca do sítio e disse a um vizinho que havia cometido o homicídio. Quando a polícia chegou, Teixeira confirmou o fato. "Ele confessou sem revelar arrependimento", relata o delegado Bolívar Llantada, que encaminhou o paciente para o Instituto Psiquiátrico Forense.
Teixeira alegou que se sentiu maltratado por ter levado um tapa no rosto e que teria agredido a auxiliar de serviços médicos por reação. Mas o argumento não convenceu a polícia, que considera que nem ele nem as outras cinco pessoas internadas na clínica têm condições de prestar depoimentos esclarecedores. "Eles têm doenças mentais severas", observa o delegado.
Ao iniciar as investigações, a polícia também descobriu que a clínica funcionava sem alvará da prefeitura. Foi informada por parentes de Zaida que os pedidos de licenciamento seriam encaminhados nos próximos dias. O estabelecimento abrigava pessoas com problemas mentais, a quem a auxiliar de serviços médicos oferecia alimentação e assistência básica.