Em um discurso para cerca de 4 mil pessoas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que quem está pensando na eleição de 2010 é a oposição. Ele, disse, pensa "no agora". "Só pensam naquilo, naquilo, naquilo (nas eleições). O Marcelo (o governador de Tocantins, Marcelo Miranda – PMDB) e eu não temos de pensar em 2010, mas no agora", afirmou. Lula fez o discurso do alto de um palanque montado em área de projeto de irrigação, cercado por um grupo de 28 prefeitos da região, sendo que muitos deles disputarão a reeleição.
Lula afirmou que os governadores da oposição não são discriminados pelo governo. "Pergunte ao José Serra, do PSDB (governador de São Paulo), ao Aécio Neves, do PSDB (de Minas Gerais), à governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB) ao Cássio Cunha Lima (da Paraíba), ao Teotonio Vilela (de Alagoas – PSDB), e ao Arruda, aqui de Brasília, do PFL (atual DEM), se nós estamos fazendo o milímetro de discriminação", disse.
O presidente também reclamou que a oposição derrubou a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), tirando do governo uma receita anual de R$ 40 bilhões. "Elas diziam: ‘O Lula vai perder 10 bilhões até 2010’. É assim que funciona a cabeça de algumas pessoas no Brasil. Só pensam naquilo (nas eleições)", afirmou.
O presidente ainda disse que em abril lançará o programa Saúde da Família nas escolas, um dos projetos que dependiam, segundo o governo, de recursos da CPMF. "Onde vou arrumar dinheiro? Vai aparecer", afirmou.