Brasília – A oposição na Câmara dos Deputados prometeu obstruir as votações de ?todas as maneiras possíveis? a votação da prorrogação da cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CMPF), além de tentar entrar no Supremo Tribunal Federal (STF) com um mandado de segurança contra a revogação das medidas provisórias. ?O governo, quando não quer que a Casa vote, publica MP. Quando quer, libera a pauta, revoga MPs. Isso é uma excrecência. Sem dúvida nenhuma precisa ser tomado uma providência. Vamos recorrer da decisão ao Supremo?, prometeu o vice-líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO).
O deputado argumento que o governo nunca retirou MPs para votar matérias importantes, como a Emenda 29, que regulamenta dos gastos na saúde pública, ou a reforma política. ?Só agora que o governo tem interesse em arrecadar mais, em realmente buscar mais dinheiro da população, é que ele toma essa iniciativa?, criticou. ?[A CPMF] não é de interesse da Casa e, sim, interesse do governo. Vamos caminhar para obstrução na MP do crédito, vamos recorrer a tudo que temos direito para obstruir as votações.?
Nesta terça-feira (18), o governo revogou as duas primeiras, mas, segundo o petebista, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ligou para ele e pediu que a base aliada negocie a aprovação das outras duas – MP 381/07, que concede crédito extraordinário de R$ 6,33 bilhões para ações do PAC; e MP 382/07, que oferece benefícios para as indústrias de calçados e artefatos de couro, têxtil, de confecções e de fabricação de móveis. O líder do governo na Câmara, José Múcio (PTB-PE), admitiu que, se houver mais dificuldades, existe a possibilidade de revogar as demais medidas provisórias.