Brasília (AE e ABr) – O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), deixou claro, ontem, que não permitirá a abertura da CPI dos Sanguessugas para investigar o envolvimento de parlamentares na venda superfaturada de ambulâncias. Na opinião do senador, as investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal são suficientes. ?CPI só tem sentido se não tem investigação (por outras instituições), e este não é o caso?, disse Renan Calheiros.

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Parlamentares do PPS, PSOL e PV devem entrar no Supremo Tribunal Federal (STF) com uma ação pedindo a instalação da CPI. Eles ainda vão avaliar se será um mandado de segurança ou Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin).

As investigações da quadrilha que fraudava licitações de ambulâncias e influenciava emendas parlamentares estão sob o comando do Supremo Tribunal Federal, Polícia Federal e Ministério Público Federal. Foram expedidos 54 mandados de prisão de servidores públicos, empresários, assessores parlamentares. Gravações autorizadas pela Justiça indicam até a possível participação de deputados e senadores.

A operação abriu mais de 140 inquéritos sobre 76 municípios, envolvendo mais de mil ambulâncias, que custavam em média R$ 100 mil. O esquema tinha integrantes que atuavam em prefeituras, no Ministério da Saúde e dentro do Congresso Nacional. A Câmara dos Deputados chegou a instalar uma comissão de sindicância na Corregedoria da Casa, mas, depois de um acordo entre os presidentes do Senado e da Câmara e o procurador-geral da República, as investigações vão aguardar os trabalhos do Ministério Público Federal.

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