A oposição na Assembleia Legislativa de São Paulo entrou com uma série de representações contra o governador Geraldo Alckmin (PSDB) após a divulgação dos áudios da Sabesp.
A bancada do PT pediu ontem que o Ministério Público Estadual (MPE) investigue o governador por improbidade administrativa. “O Alckmin não teve a prudência e a responsabilidade de deixar a Sabesp fazer o que ela deveria ter feito”, disse o deputado petista João Paulo Rillo. O pedido também vale para o secretário estadual de Saneamento e Recursos Hídricos, Mauro Arce.
O também deputado da oposição Carlos Giannazi (PSOL) fez duas representações: uma à Assembleia e outra ao MPE. Na primeira, pede o impeachment de Alckmin por “colocar em colapso” o sistema de abastecimento, “prejudicando a vida e a saúde” dos paulistas. Na segunda, ele pede que o órgão determine a perda de mandato do governador e que a presidente da Sabesp, Dilma Pena, seja investigada por prevaricação.
Na quarta-feira, o PSDB protocolou um pedido de quebra de decoro parlamentar contra Rillo. Um dia antes, o PT promoveu uma palestra com o presidente da ANA, Vicente Andreu. Ele disse que o uso da segunda cota do volume morto é uma “pré-tragédia” e que, se não chover, “não haverá alternativa a não ser ir ao lodo”.
O governo disse que “sempre que solicitado pelas autoridades competentes, entre elas o MPE, tem prestado as informações, e assim continuará atuando”. Assim como na visita de Andreu, a situação classificou o vazamento dos áudios como “eleitoreiro”.
“O tom da campanha da Dilma (Rousseff) é atingir São Paulo e a forma de prejudicar o Aécio é atacar o Alckmin”, afirmou o deputado Orlando Morando (PSDB). Ele acredita que o PT e o PSOL “não têm fatos ou motivação” para que as representações tenham sucesso. O PSDB pede que Rillo seja investigado por crime eleitoral. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.