Brasília – O Democratas e o PSDB voltaram a se reunir nesta quarta-feira (28) para contabilizar os votos de senadores contrários à proposta de emenda à Constituição (PEC) que prorroga a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) até 2011.

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Além dos parlamentares das respectivas bancadas, compareceram à reunião Expedito Júnior (PR-RO), Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), Romeu Tuma (PTB-SP) e Mão Santa (PMDB-PI).

Caso a previsão sobre esses votos se confirme em plenário, a oposição teria 32 votos, um a menos que o necessário para acabar com a cobrança do imposto a partir de janeiro de 2008.

O líder do PSDB, Arthur Virgílio Neto (AM), afirma que essa é uma contabilidade "realista", já que conta apenas com os senadores que compareceram à reunião.

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Ele não considerou, por exemplo, o voto de José Nery (P-SOL-AL) e de Pedro Simon (PMDB-RS). O gaúcho declarou por escrito, durante a tramitação da PEC na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, que votaria contra a PEC quando ela chegasse ao plenário.

As lideranças do Democratas e do PSDB não levam em conta possíveis dissidências nas bancadas. Mesmo sem fechar questão sobre o assunto, Arthur Virgílio afirma que isso representaria uma traição ao PSDB.

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O líder do Democratas, José Agripino Maia (RN), lembra que a Executiva Nacional fechou questão sobre o assunto. Ele acrescentou não ter dúvidas sobre a confirmação dos votos dos senadores da base que compareceram na reunião desta quarta-feira.

"Os senadores que vieram a estas duas reuniões [ontem e hoje], são senadores que, primeiro de tudo, têm dignidade. Depois, têm uma face só. É impossível um recuo, porque este recuo teria que ser justificado com argumentos".