Para boa parte dos moradores da Grande São Paulo, GVT pode ser só uma sigla fictícia adotada pelos humoristas do Porta dos Fundos – no esquete, um grupo de presidiários lamenta que o túnel de fuga ainda não tenha uma saída, mas celebra ter encontrado uma fiação da GVT, que permitirá aos detentos uma ligação clandestina a canais da TV paga. Pois agora essa tal de GVT chega a São Paulo, com a promessa de tratar qualquer assinante, inclusive aquele que ainda tem TV tubo, como se ele tivesse uma Smart TV.

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Presente em 144 cidades, a GVT só operava aqui, modestamente, para planos corporativos. A estreia para civis está prometida para o próximo semestre. Caçula entre as operadoras de TV paga, a GVT já foi concebida com tecnologia em dia com esse mundo de múltiplas telas – daí a singularidade do software que faz a roda girar melhor que a da Net, Sky ou Claro em seu decodificador.

Um menu de ícones exposto na tela dá ao assinante a chance de zapear entre ícones como YouTube, Twitter, Facebook e Instagram, entre outros. A operadora também promete a qualquer cliente acesso ao Outra Chance, que armazena programas durante uma semana para que o telespectador tenha chance de assistir ao que perdeu ou de rever o que quiser. E tem, como as demais operadoras, o seu serviço de vídeo sob demanda, locadora virtual com mais de 2 mil horas de filmes, séries, shows e documentários.

Vice-presidente de marketing da GVT, Marco Lopes conta à reportagem que a demora para chegar ao maior mercado de assinantes do País esbarrou na “obtenção de licença para operar na região”. “No passado, a cidade não permitia a construção de redes aéreas, exigia que tudo fosse subterrâneo, e isso era inviável para o nosso sistema, que oferece também banda larga”, diz. “Essa lei caiu e a gente iniciou um trabalho de construção da rede no ano passado.”

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A GVT se gaba ainda de oferecer um portal de músicas, o PMC, que também se distancia do conceito dos canais de música da concorrência – permite a criação de play list e video list – e o Multiroon, recurso de gravação que permite gravar e acessar esse conteúdo dos pontos extras instalados na residência, e não só do ponto principal.

“Queremos entrar na casa do cliente com triple play (TV paga, internet banda larga e telefone fixo)”, anuncia Lopes. Pelo resto do País, a operadora já abocanha 13% do serviço de banda larga e, segundo o executivo, conquista 27% dos mercados onde atua. O pacote mais barato da GVT sai a R$ 69.

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E, endossando que o brasileiro finalmente vai consolidando o hábito de ver seu programa ou filme quando e como quiser, sem sair de casa, 10% dos clientes da operadora alugam filme todo mês, com média de três filmes por cliente. O acesso à internet pela TV também aponta números surpreendentes: “estamos com 1 milhão de acessos por dia”, diz Lopes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.