Relatórios de investigações de procuradores da República revelam que 10% do valor de algumas compras feitas no Ministério da Saúde, onde atuava a máfia do sangue, eram utilizados para pagar propina a funcionários. Escutas telefônicas autorizadas pela Justiça mostram que pelo menos seis servidores recebiam este percentual.
Esta semana a Polícia Federal vai abrir seis novos inquéritos e concluirá o relatório da Operação Vampiro, que levou 17 pessoas para a prisão. Três empresários, considerados pelos investigadores como principais envolvidos com as fraudes, continuam detidos. Os documentos do Ministério Público Federal transcrevem diálogos entre o empresário Laerte de Arruda Corrêa Júnior, preso em São Paulo, com outra pessoa não identificada.
Inquéritos
Até a quarta-feira a Polícia Federal vai abrir novas frentes de investigação para verificar o envolvimento da máfia do sangue em outros ministérios. ?Já temos indícios fortes de que o grupo atuava em diversas áreas, em outros locais da Esplanada dos Ministérios?, afirma um investigador da Operação Vampiro.
Segundo a fonte, as apurações também serão estendidas a outros estados e pelo menos seis inquéritos paralelos deverão ser abertos, provavelmente nos próximos dias. Com os levantamentos feitos pela PF ficou evidenciado que os grupos trabalhavam em conjunto, até mesmo em família.