Um dia após o assassinato de um policial militar que chegava para seu primeiro dia de trabalho no morro da Mangueira, as polícias Civil e Militar realizaram nesta terça, 18, uma operação na comunidade da zona norte do Rio. Até o fim da tarde, quatro homens e uma mulher haviam sido presos, e um adolescente, detido. Foram apreendidas 30 motos, seis carros, um fuzil, uma submetralhadora, carregadores, munição, 264 quilos de maconha em tabletes, além de cocaína, haxixe e crack.
Segundo a Polícia Militar, foram descobertos dois depósitos clandestinos de gás e uma fábrica de gelo usada para atividades criminosas. Não houve troca de tiros. Entre os cinco presos está Marlon Borges, suposto líder de uma quadrilha de roubo de lojas. Contra ele havia dois mandados de prisão pendentes.
Segundo a Polícia, em um dos assaltos praticados por Borges, na zona sul do Rio, um policial foi baleado. O adolescente apreendido é acusado de participar de assalto a uma joalheria em um shopping da Tijuca, na zona norte, e de ter matado um policial militar.
A operação reuniu policiais militares dos batalhões de Operações Especiais (Bope), Choque e Ação com Cães, além da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Mangueira, e agentes de várias delegacias especializadas, como Roubos e Furtos, Roubos e Furtos de Automóveis, Cargas e Homicídios, assim como da delegacia de São Cristóvão. Um helicóptero do Grupamento Aeromóvel auxiliou as equipes.
Morte
Por volta de 8h da segunda-feira, 17, o cabo Bruno Santos Leonardo, de 29 anos, foi assassinado quando chegava para trabalhar na UPP da Mangueira. Policial militar havia seis anos, Leonardo cumpriria seu primeiro dia de trabalho naquela UPP. O soldado Luiz Cláudio Stelmann dos Santos também ficou ferido e está internado em estado estável no Hospital Quinta D’Or, em São Cristóvão (região central do Rio). Os dois foram atacados por criminosos durante a troca de serviço na base avançada do Telégrafo. Até esta terça-feira, 18, 89 PMs foram mortos neste ano no Estado do Rio.