Rio de Janeiro – Trinta e quatro pessoas foram presas e cinco farmácias foram fechadas nesta quinta-feira (5) em Itaguaí (RJ), durante a Operação Hipócrates, da Polícia Federal (PF).

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A operação foi deflagrada pela delegacia de Repressão a Crimes contra o Patrimônio (Delepat), da superintendência regional da PF no Rio de Janeiro, para combater uma quadrilha especializada no roubo e na receptação medicamentos vendidos em farmácias da cidade.

A polícia ainda trabalha para cumprir os 38 mandados de prisão e os 48 de busca e apreensão, expedidos pela vara criminal de Itaguaí.Quatro policiais militares foram presos, sendo um sargento do Batalhão de Operações Especiais (Bope). Outro policial  está foragido. Entre os detidos, estão os donos das drogarias Bem Viver e Kiko, fechadas pela polícia.

Segundo o chefe da Delepat, Hilton Colho, a quadrilha atuava principalmente em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.  As ações eram feitas na rodovia Washington Luiz, a partir de informações internas de funcionários dos próprios laboratórios farmacêuticos.

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?A partir disso, a quadrilha se posicionava [na rodovia]. Então, o caminhão ou o veículo de carga com a placa e a cor já definidas pelos informantes eram interceptados e roubados. Por vezes, este roubo era forjado com a conivência de motoristas e ajudantes. Não há roubo de carga de medicamentos se não houver uma farmácia na ponta comprando?.

De acordo com o delegado, os criminosos vendiam os medicamentos (antialérgicos, estimulantes sexuais, analgésicos e até remédios para tratamento de câncer) por até 50% do valor real.

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Ele não detalhou o volume de remédios apreendidos e nem o valor das cargas roubadas, mas disse que a quadrilha atuava há pelo menos três anos e que o valor pode chegar a milhões de reais.

A Polícia Federal admitiu a possibilidade de envolvimento da quadrilha com desvio de medicamentos em hospitais públicos e investiga se o grupo atuava no furto de medicamentos destinados ao Instituto Nacional do Câncer (Inca).