A Polícia Civil de São Paulo desencadeou na manhã deste sábado a "Operação Mansão" para deter uma das maiores quadrilhas de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro do Estado de São Paulo. Os policiais realizaram diligências em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, e em Embu-Guaçu, Taboão da Serra e Diadema, na Grande São Paulo, e em Salto e Itu, no interior do Estado.
Três homens apontados como integrantes do bando, chefiado por Laete Macedo Soares, foram presos durante mandado de buscas e apreensão e confisco de imóveis pertencentes à quadrilha. Nesta madrugada, policiais civis da Delegacia Seccional de Taboão saíram à caça dos criminosos, o que gerou uma intensa troca de tiros. As investigações começaram 8 meses atrás.
Dois bandidos foram mortos e três pessoas presas. Uma conseguiu fugir. Dois carros, um Toyota Corolla e um Fiat Strada, ambos prata, onde estavam os traficantes foram apreendidos pelos policiais e ficaram repletos de marcas de tiros, a exemplo de um dos carros dos policiais, uma Ipanema. Laete e sua namorada, que ocupavam o Fiat, foram mortos no confronto.
A Justiça determinou o seqüestro dos bens do bando, carros, barcos e imóveis de luxo. Um deles é uma loja avaliada em R$ 2,5 milhões. Em outra loja, a reforma e o aluguel custariam R$ 500 mil. Uma casa avaliada em R$ 1 milhão também faria parte do patrimônio da quadrilha. As investigações revelaram que os imóveis foram comprados pelo grupo com dinheiro do tráfico de drogas. O patrimônio estimado dos criminosos chega a R$ 30 milhões.
A quadrilha, que agia há cinco anos e controlava a venda de cocaína em pelo menos três regiões do estado, fazia remessas freqüentes para o Rio de Janeiro. A quadrilha recebia a droga da Bolívia, fazia a mistura em São Paulo e vendia para outras regiões do país.
A lavagem do dinheiro era feita por uma construtora que funciona num prédio comercial de São José dos Campos, revendedoras de carros e lojas de grandes shoppings da capital. A polícia recolheu documentos na casa do gerente e na construtora em São José dos Campos. Na cidade, foram encontrados ainda documentos de Laete, morto no tiroteio.