Duas pessoas morreram e 12 foram presas manhã desta quarta-feira durante a Operação Conexão Mandela, desencadeada por cerca de 500 policiais militares e agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em cidades do Rio e de São Paulo, segundo balanço parcial da Polícia Militar. Além das prisões, dois menores e três armas foram apreendidos.
Os denunciados são acusados de associação para o tráfico de entorpecentes, corrupção ativa e tráfico de drogas. A Operação Conexão Mandela teve o objetivo de cumprir 19 mandados de prisão preventiva e 20 de busca e apreensão nos município de Rio, Duque de Caxias, Teresópolis, Araruama, Rio das Ostras, no Rio, e em São Paulo, segundo o Ministério Público do Rio.
As investigações, segundo o MP, começaram em novembro do ano passado, em Teresópolis, após traficantes tentarem subornar policiais militares para que o tráfico na região não fosse reprimido. Investigações apontaram a Favela Mandela como um dos principais pontos de distribuição de drogas para diferentes bairros e municípios do Rio de Janeiro.
A Favela Mandela serve como entreposto da droga, recebendo as substâncias ilícitas de São Paulo e distribuindo para as regiões Serrana e dos Lagos, além de Niterói, São Gonçalo, Duque de Caxias, Campo Grande e demais favelas do Rio dominadas pela mesma facção criminosa, segundo o MP.
Participam da operação policiais militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), do Batalhão de Polícia de Choque (BPChq), da Coordenadoria de Inteligência (CI), do Grupamento Aeromarítimo (GAM), do Batalhão de Ações com Cães (BAC), do Grupamento de Apoio aos Promotores (GAP), do 30º BPM (Teresópolis) e do Gaeco/SP, além de quatro Promotores de Justiça do Gaeco do MPRJ. Dois helicópteros, um blindado, uma retroescavadeira, uma pá mecânica e um caminhão munk da PM também participam da operação.