Cinco agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) da delegacia de Paranaíba (MS), foram presos nesta terça-feira (20) por policiais da própria corporação por suspeita de envolvimento com uma quadrilha especializada em crimes ambientais e contrabando. A ação é parte da Operação Diamante Negro, executada de forma conjunta pela Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal. Estão sendo cumpridos 35 mandados de prisão e 60 de busca e apreensão em quatro Estados (Mato Grosso do Sul, Maranhão, Minas Gerais e São Paulo).
Foram presos os policiais rodoviários Ives Quirino Diniz, Carmelito Pereira do Nascimento, Marco Antônio Rodrigues de Miranda, Sidenilto Correia de Paula e Wanderlilton da Silva Araujo. Eles serão indiciados por formação de quadrilha, corrupção passiva, facilitação de contrabando e descaminho, prevaricação, concussão e peculato. Outros oito policiais rodoviários também serão indiciados pelos mesmos crimes. Há cerca de um ano, a corregedoria da PRF recebeu denúncias de que policiais da 9ª Delegacia, em Paranaíba, na divisa do Mato Grosso do Sul com São Paulo, Minas Gerais e Goiás, estariam envolvidos em atos de corrupção. A investigação interna da PRF revelou que o esquema era muito maior e envolvia, além dos policiais rodoviários, outros servidores públicos federais e estaduais, além de empresários.
De acordo com a investigação preliminar da PRF, os policiais facilitavam a passagem de caminhões carregados com carvão, resultado da extração ilegal de madeira nativa da região. O carvão abastecia siderúrgicas de Minas Gerais e São Paulo. Além do crime ambiental, os veículos circulavam com excesso de peso. A partir dos indícios, a PRF acionou o Ministério Público Estadual e a Polícia Federal. O desdobramento da investigação conjunta é a Operação Diamante Negro, desencadeada hoje.