ONU rejeita apelo de Cacciola contra extradição

A Organização das Nações Unidas rejeitou oficialmente o apelo do ex-banqueiro Salvatore Cacciola para não ser extraditado de Mônaco ao Brasil. O relator especial da ONU para Tortura, Manfred Nowak, confirmou nesta segunda-feira (14) que não aceitou o recurso do ex-dono do Banco Marka.

Cacciola, em sua petição à ONU, alegou que não poderia ser extraditado com medo de ser torturado nas prisões brasileiras. A ONU, contudo, negou-se a impedir a extradição e o caso foi tratado como uma tentativa dos advogados de evitar a todo custo a ida de seu cliente ao Brasil. Os advogados se basearam no fato de que a ONU chegou à conclusão de que há tortura "generalizada" nas prisões do País. Mas Nowak recusou-se a considerar a possibilidade de manter Cacciola em Mônaco.

Segundo a porta-voz do Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU, Praveen Randhawa, esse não seria um motivo para bloquear a ida do ex-banqueiro de volta ao Brasil. "O pedido não tinha base", afirmou. Ela informou ainda que isso não significa que seu caso esteja arquivado. Em novembro, o Comitê contra a Tortura da ONU poderá avaliar se de fato Cacciola está ou não sendo torturado em uma eventual prisão no Brasil. "Mas não significa que ele não será extraditado", afirmou.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo