A Organização das Nações Unidas (ONU) avalia a possibilidade de replicar os conceitos do programa de segurança do Rio de Janeiro, com ocupações de áreas conflagradas por tropas de segurança e uso de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), para as operações de manutenção da paz em países que tenham acabado de sair de guerras e para lutar contra a violência em grandes cidades de países em desenvolvimento.

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Ontem, em Genebra, o secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, foi convidado a apresentar a experiência na ocupação do território e do policiamento de proximidade a técnicos da ONU que estão elaborando uma nova proposta de combate à violência no mundo. O principal interesse tem sido em relação às UPPs como modelo a ser seguido em outras regiões do mundo. No caso do Rio, três pontos foram considerados pela ONU como fundamentais para servir de exemplo.

O primeiro foi a capacidade de um plano ser implementado sem intervenções políticas, dando autonomia para o secretário de Segurança. O segundo foi a capacidade de ter de fato um planejamento de médio e longo prazo. Para concluir, a ONU apontou para a existência de equipes técnicas formando parte do grupo que elabora as estratégias no Rio.

Com base na experiência brasileira, a ONU vai agora estudar como incorporar o conceito em suas recomendações para outros países. A percepção é de que apenas a ocupação de território com uma polícia capaz de mostrar que está disposta a servir é que pode recriar um clima de confiança entre a população e o Estado. Em um país que acaba de sair de uma guerra civil, por exemplo, esse clima de confiança é fundamental. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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