ONU confirma suicídio, mas oficiais duvidam

Embora a Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah) tenha confirmado a versão de suicídio, oficiais superiores do batalhão brasileiro, de 1.200 homens, que servem em Porto Príncipe ainda acreditam que o general Urano Bacellar tenha sido assassinado. ?A conclusão das Nações Unidas, assim como a do Ministério da Defesa do Brasil, é que o general Bacellar, que comandava a Força Militar, se suicidou?, afirmou o porta-voz da Minustah, Damian Cardona, numa entrevista coletiva, em nome do chefe da missão, embaixador Juan Gabriel Valdéz.

Informado de que ainda havia dúvidas no comando do Exército brasileiro sobre essa conclusão, Cardona observou que as investigações continuam, pois outros exames foram feitos em Brasília, mas por enquanto não há dados que levem a outra hipótese.

Foi um coronel-médico do Batalhão Haiti quem sugeriu que a autópsia fosse feita no Brasil. Sua preocupação era investigar se o general Bacellar não teria sido intoxicado por alguém que, na hipótese de assassinato, quisesse forçá-lo a disparar a arma dentro da boca, como se ele tivesse se suicidado. O oficial-médico não esteve no apartamento do Hotel Montana, onde o general Bacellar morreu na manhã de sábado, mas um sargento brasileiro que tem curso de auxiliar de medicina legal, acompanhou a perícia. O general Bacellar, que morreu por volta das 6h30, havia tomado o café da manhã um pouco antes.

Essa informação, mais o fato de o comandante da Força Militar não haver aparentado alteração de ânimo na véspera, intriga oficiais em Porto Príncipe. ?Nada indicava que pretendesse se matar?, observou o comandante do batalhão, coronel Luiz Augusto de Oliveira Santiago. 

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