Motoristas do transporte coletivo de Sorocaba, interior de São Paulo, voltaram a entrar em greve, na manhã desta quinta-feira, 6. Apesar da garantia de que 50% da frota estavam circulando para atender a uma determinação judicial, havia fila nos terminais de embarque e usuários reclamavam da falta de ônibus.

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A empregada doméstica Ivanilde Frutuoso, de 46 anos, chegou com atraso de uma hora no trabalho, num condomínio da zona leste, após tomar dois ônibus.

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“Saí mais cedo de casa, no Jardim Botucatu, mas o ônibus não passava e tive de caminhar até outro terminal, só que havia uma fila enorme para o embarque”.

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A paralisação começou em 22 de junho, foi suspensa em duas ocasiões, mas já soma oito dias de ônibus parados.

Os motoristas querem reajuste no salário de 4%, mais inflação, retroativo a maio, mais 1,57% a partir de setembro, e ainda aumento no vale-refeição para R$ 21 por dia a partir de novembro e R$ 1,6 mil de participação no lucro e resultado das empresas. Audiências realizadas no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) não resultaram em acordo.

A prefeitura alega que os condutores não cumprem decisão da Justiça que manda 70% da frota circularem nos horários de pico, quando a clientela maior é de trabalhadores e estudantes.

O Sindicato dos Motoristas diz que a decisão é cumprida das 6h às 9h e das 17h às 20h. O julgamento da greve no TRT está marcado para o dia 9 de agosto. Na cidade, 120 mil pessoas utilizam o serviço público de ônibus diariamente.