OMS: infecções e mortes por HIV no mundo diminuem

O número de pessoas infectadas pelo vírus HIV no mundo manteve-se praticamente inalterado nos últimos dois anos, na casa dos 33 milhões, mas os índices de novas infecções e de mortes diminuíram. De acordo com os cálculos divulgados hoje pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelo Programa das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), as novas infecções pelo HIV, causador da aids, caíram 17% nos últimos oito anos. Já de cinco anos para cá, a quantidade de mortes em decorrência da síndrome caiu 10%.

Daniel Halperin, especialista em aids da Universidade Harvard, disse considerar boas notícias a queda do índice de novas infecções e o fato de o acesso aos medicamentos para controlar a doença estar reduzindo o índice de mortalidade. Em comparação com os dados de 2001, quando foi assinada a Declaração de Compromisso da Organização das Nações Unidas (ONU) de Combate ao HIV e à Aids, o número de novas infecções na África subsaariana é aproximadamente 15% menor. Ainda assim, as infecções por HIV na região representaram 72% dos 2,7 milhões de novos casos.

No leste da Ásia, o declínio do índice de novas infecções alcançou 25% nos últimos oito anos. No Leste Europeu, depois de ter sido constatado uma elevação do índice de novas infecções pelo aumento do consumo de drogas injetáveis, o índice baixou consideravelmente.

Coquetéis

Estudiosos calculam que a pandemia de aids provavelmente alcançou seu ápice em 1996 e que atualmente parece estável em quase todas as regiões do mundo, com exceção da África. No início do ano, a ONU informou que cerca de 4 milhões de pessoas vivem atualmente com a ajuda de coquetéis, dez vezes mais do que há cinco anos. A entidade estima que quase 3 milhões de vidas foram poupadas pelos medicamentos desde 1996.

No documento, compilado em conjunto pela OMS e pela Unaids, os especialistas da ONU calculam que 33,4 milhões vivem hoje com o HIV no organismo em todo o mundo, sendo cerca de 2 milhões na América Latina. Em 2007, a estimativa era de 33,2 milhões de infectados. Os números baseiam-se em um modelo matemático e a margem de erro é de 2,3 milhões de pessoas para mais ou para menos.

Voltar ao topo