O atraso de duas horas do Olodum na Barra-Ondina, em Salvador, terminou em briga entre o presidente do popular bloco afro, a Emtursa (Empresa de Turismo de Salvador) e a Polícia Militar da Bahia.

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O tumulto começou quando o coordenador do circuito, Márcio Lima, exigiu que o grupo entrasse na avenida mesmo sem som. ?Estamos aqui apenas operando. Esse atraso é um desrespeito aos foliões, ao Carnaval. Ninguém tem culpa se eles ainda não estão prontos. Tem que sair agora?, falou.

O presidente do Olodum, João Jorge Rodrigues, não aceitou e discutiu com os coordenadores. ?Por que a Daniela Mercury pode atrasar cinco horas? Isso sim é um absurdo. Só o Olodum não pode atrasar. Nunca existiu pontualidade nesse Carnaval?, gritou com dedo em riste.

A briga só foi controlada pela polícia, que ameaçou prender o motorista do trio, Aldir Vieira de Oliveira, caso ele não saísse com o veículo em no máximo dez minutos. ?O Olodum pede para eu ficar parado. A Emtursa manda eu seguir. Eles que se resolvam. Não tenho medo dessa ameaça de prisão?, desabafou.

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Mesmo sem os músicos em cima do trio, o Olodum cedeu e saiu com o bloco Banda Olodum sem os tradicionais batuques do samba-reggae. A platéia reagiu sem empolgação. ?Tem que sair sem som mesmo. Isso é uma palhaçada. Sou fã do Olodum, mas é um desrespeito?, disse o folião César Oliveira Lima, 30 anos.