Oito policiais suspeitos de integrar quadrilha são presos

A Corregedoria Geral Unificada prendeu oito pessoas suspeitas de participar de uma quadrilha formada por policiais civis, militares, um bombeiro e um ex-policial militar.

A ação, organizada em conjunto com o Ministério Público, ainda deve cumprir mais um mandado de prisão. A Justiça também decretou busca e apreensão em 44 locais.

De acordo com as investigações, o grupo lotado na Delegacia de Repressão ao Roubo e Furto de Cargas, da Polícia Civil, roubava cargas, receptava produtos roubados e extorquia comerciantes.

De acordo com o Ministério Público, a quadrilha usava a estrutura do Estado para a prática de crimes. Até um caminhão baú ficaria, segundo promotores, estacionado no pátio da delegacia para armazenar produtos roubados ou desviados de operações policiais. De acordo com a denúncia, um dos produtos armazenados no caminhão foi uma carga de tecidos e toners.

“Apesar de arrecadada, não foi devidamente apreendida em auto próprio, vindo a ser acondicionada irregularmente no interior de um caminhão-baú, mantido para este fim no pátio que serve de estacionamento na DRFC (…) A ocultação foi o meio necessário para que a quadrilha, desviando a carga, pudesse revendê-la no mercado clandestino”, diz trecho da denúncia As investigações duraram pouco mais de um ano. No período, os investigadores descobriram que havia cobrança de propinas semanais a comerciantes que variava de R$ 50 a R$ 100.

Em outra ocasião, os policiais invadiram, sem autorização judicial, a casa de uma vendedora da rua Uruguaiana, shopping popular no Centro do Rio, e exigiram R$ 10 mil para liberar a mercadoria. Como não tinha o dinheiro para pagar a propina aos policiais, a mulher teve os produtos apreendidos.

Hoje pela manhã, homens das corregedorias das polícias Civil e Militar deram apoio às ações.

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