Apesar dos tiroteios ocorridos nesta terça-feira, 8, no Complexo da Maré, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), disse, após sair da primeira reunião com a presidente Dilma Rousseff, no Planalto depois que assumiu o cargo na semana passada, que a ocupação da favela “está indo bem”. Pezão reconheceu, no entanto, que há dificuldades, explicando que existem dois comandos do tráfico e a milícia disputando a área há anos. “Então não vão ser em dois dias, não vai ser em um ano, que a gente vai trazer a paz rapidamente”, declarou em entrevista.

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“É uma ocupação num território, numa cidade de 130 mil habitantes, que estava dominada há mais de 30 anos pelo tráfico, pela milícia. Não é trivial, não é um local fácil, e a Defesa (Forças Armadas) está nos ajudando muito e vamos avançar”, afirmou Pezão, lembrando que problemas semelhantes foram enfrentados quando da ocupação do Complexo do Alemão, Manguinhos, Rocinha e em outras áreas.

“Não é um problema novo. É claro que em um lugar onde as pessoas não atravessavam uma rua porque era de um comando, não vai ser trivial, não é fácil você ocupar um território daquele em uma grande cidade”, declarou ele, justificando que “poucas cidades brasileiras tem 130 mil habitantes, muito mais com o comando do tráfico e com a milícia juntos”. Mas ressalvou que a chegada do Estado mostra que eles são capazes de “entrar em qualquer território”.

Questionado se a região já estava sob controle, Pezão esquivou-se de responder. “Estamos no segundo, no terceiro dia de ocupação do Exército. Tem que ver mais. Vamos ver os novos relatórios, mas está avançando muito e o prefeito Eduardo Paes já vai estar lá amanhã (hoje) lançando uma série de obras”, disse ele, citando a cidade da educação que vai ser anunciada no local. “Acho que é uma grande entrada ali”, prosseguiu, informando que haverá atendimentos de educação, cultura, esporte. “Vamos tentar potencializar o máximo e tentar ver se a gente traz a paz o mais rápido possível”, assegurou.

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Copa.

O governador do Rio afirmou que não há preocupação com segurança durante a Copa do Mundo de Futebol. Segundo ele, o Estado do Rio sempre fez grandes eventos, muito maiores que a Copa, e nunca teve problemas. Citou ainda o Réveillon no Rio que atrai mais de três milhões de pessoas e tudo transcorre normalmente. “O que a gente quer é que tenham os grandes eventos e que a paz fique para sempre, perdure. Fazer grande eventos, o Rio tem esta tradição e faz muito bem”, declarou.

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