Ocupação de Lins para montar UPP ocorre sem resistência

O complexo de favelas do Lins, na zona norte do Rio, foi ocupado na manha deste domingo para a instalação da 35ª Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Estado. A operação policial teve a participação de cerca de mil agentes de forcas de segurança, com o apoio de 14 veículos blindados do Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha.

Formado por 12 favelas, o Complexo do Lins reúne cerca de 15 mil moradores, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Até as 10 horas, não havia registros de tiros e prisões na região. Policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar (PM) estenderam bandeiras da unidade, que mostram uma caveira com uma faca enfiada no crânio, em muros da comunidade.

A operação tinha sido avisada com antecedência, como ocorreu na ocupação de outras favelas para a instalação das UPPs. “A ação foi tranquila e a situação é calma. Policiais já vinham atuando desde o dia 20 na região de forma incisiva. O receio é sobre o que pode acontecer daqui pra frente, porque já vimos que os problemas não se dão durante a ocupação, mas depois”, disse o advogado Marcelo Chalréo, presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro (OAB/RJ).

“Outra questão é que não basta entrar só com a polícia”, acrescentou o representante da OAB. Logo após a ocupação policial, agentes de venda da operadora de TV por satélite Sky chegaram à favela para vender pacotes de TV por assinatura. Está prevista para o fim da manhã uma coletiva de imprensa do governador Sergio Cabral (PMDB-RJ) e do secretario de Segurança, José Mariano Beltrame, para comentar os resultados da operação.

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