O secretário de transportes metropolitanos de São Paulo, Clodoaldo Pelissioni, disse que as obras nas estações da linha 4 – Amarela só devem começar novamente a partir do ano que vem. “Estamos concluindo a valoração, o orçamento e pretendemos, entre o final de agosto e começo de setembro, entregar todos os itens: os orçamentos, o quantitativo e o edital já em inglês para o Banco Mundial”, disse o secretário na manhã desta terça-feira, 18.
O antigo contrato para construção das quatro estações – Higienópolis/Mackenzie, Oscar Freire, São Paulo/Morumbi e Vila Sônia foi cancelado por causa do atraso nas obras. A nova licitação deve ocorrer somente em setembro. O início da operação do novo trecho deve ser entregue apenas a partir de 2017 – o ramal começo a ser construído em 2004.
A Estação Higienópolis/Mackenzie está com 60% das obras prontas, mas ainda precisa de mais 12 meses para ficar pronta. No caso da Estação Oscar Freire, há 40% de conclusão dos serviços, e os trabalhos devem durar 15 meses.
Já as Estações São Paulo/Morumbi e Vila Sônia são as mais críticas. No caso da primeira, os serviços não terminam em menos de 18 meses. Na Vila Sônia, as obras só devem ser entregues dois anos após a assinatura dos novos contratos. O cronograma prevê entrega em 2018.
A atual rodada de atrasos da Linha 4 começou em novembro de 2014, quando parte dos trabalhos chegou a parar e Estado e consórcio entraram em conflito. O Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) chegou a ampliar a linha de crédito em mais R$ 20 milhões.
Histórico
O processo de arbitragem da rescisão dos contratos entre o Metrô de São Paulo e o grupo espanhol Isolux Corsán deverá demorar, no mínimo, um ano para ser concluído. As duas partes se acusam de descumprir o contrato para construção de estações da Linha 4-Amarela do Metrô, numa briga que se tornou pública em fevereiro. Na ocasião, Alckmin ameaçou rescindir o contrato com a espanhola.
No dia 14 deste mês foi a vez de a Isolux reclamar da falta de regularização de vários itens dos dois contratos em vigência, como a celebração de aditivos relacionados a prazos e obras. Em carta de 14 páginas enviada ao Metrô, a empresa afirmava que, se os problemas não fossem solucionados, não haveria outra saída a não ser pedir a rescisão do contrato por meio de arbitragem – ou uma rescisão amigável entre as partes.