OAB quer que Polícia Federal apure suposta espionagem de Renan Calheiros

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, considerou extremamente grave a denúncia de que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), mandou espionar adversários políticos para intimidá-los e defendeu a imediata abertura de investigação tanto no Congresso como na Polícia Federal (PF). "É extremamente grave qualquer informação de que no País se vive um estado de big brother, de bisbilhotice", criticou.

O ministro da Justiça, Tarso Genro, informou, por meio da assessoria, que aguarda ser acionado pelo Congresso para definir se a denúncia traz elementos suficientes para a abertura de inquérito na PF. Ele não quis comentar o episódio antes de tomar conhecimento pleno dos fatos. Para o presidente da OAB, porém, os fatos relatados pelos senadores Demóstenes Torres (DEM-GO) e Marcondes Perillo (PSDB-GO) são suficientes para o início da investigação. "Não tenho a menor dúvida de que o caso deve ser investigado a fundo", disse.

Segundo Britto, o Senado é um órgão fundamental para o estado de direito e seu presidente, que é substituto legal do presidente da República, não pode estar sob suspeição. "Não pode existir dúvida sobre aquele que conduz esse órgão. Toda a investigação tem que ser feita e os esclarecimentos prestados, para que a população não tenha dúvida sobre o representante da Casa", disse. Ele explicou que, pela legislação vigente, a espionagem privada com fins espúrios é crime, com agravantes quando o objetivo é a intimidação ou a chantagem política.

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