O ônus será da oposição se Orçamento não passar, afirma Jucá

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse que espera a aprovação nesta quarta-feira (12) do Orçamento da União para 2008. "Se não aprovar o Orçamento, a oposição que assuma o ônus. O governo usará todos os instrumentos legítimos para o País não parar", afirmou o senador. A sessão de ontem, que resultou na aprovação da medida provisória (MP) da TV Pública, foi considerada pelo líder do governo como um "catalisador" para ajustar a base do governo no Senado. Prova disso foi a troca de beijos entre Jucá e a líder do PT, Ideli Salvatti (SC), ocorrida hoje no cafezinho do plenário para festejar a vitória do governo.

A bancada petista teria feito restrições, em uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na segunda-feira (10) à noite, à atuação de Romero Jucá no cargo de líder. "Jucá foi ofensivo quando precisou e não aceitou provocação dos oposicionistas", disse a petista, cheia de elogios ao peemedebista. "Os oposicionistas perderam por nocaute", reforçou Jucá.

Como o governo não tem matérias importantes que dependam de acordo com a oposição para a sua aprovação, o clima de confronto deve permanecer por algum tempo. A oposição acusa o presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), de ter conduzido mal a sessão, cassando a palavra de senadores que queriam discutir a TV Pública. Os oposicionistas também criticaram o comportamento do próprio Jucá, que teria feito um discurso em tom irônico e sarcástico.

Depois de conseguir unificar a base para a aprovação da MP da TV Pública, os governistas querem agora que o presidente Lula resolva o problema do PDT. Os senadores pedetistas não compareceram à votação de ontem. Ideli foi hoje à Câmara para se encontrar com o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, para cobrar uma posição.

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