No mesmo dia em que auditores da União Européia (UE) visitam fazendas no Rio Grande do Sul habilitadas a fornecer carne bovina ao bloco, o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, avaliou nesta segunda-feira (10) que "o importante é que o mercado (europeu) está aberto". A UE chegou a suspender as importações do Brasil após a disputa sobre o número de propriedades aptas a exportar ao bloco e reabriu o mercado para 106 fazendas. Ao manter as exportações, o Brasil evita possíveis reflexos do problema para terceiros mercados, que poderiam deduzir a existência de problemas sanitários, ressaltou o ministro.
Stephanes relatou que a União Européia sofre grande pressão dos produtores europeus, que abastecem 95% do mercado doméstico do bloco. A região, lembrou ele, exigiu dos fornecedores regras rígidas de sanidade, feitas pensando na prevenção à doença da vaca louca. "O Brasil aceitou estas regras, baixou suas normas e no final, acabou não cumprindo suas próprias normas", resumiu.
À medida em que mais propriedades atenderem às exigências, serão incorporadas à lista daquelas habilitadas à exportação, reiterou Stephanes. Ele previu que até o final do ano a situação deve estar normalizada, apostando na inclusão de 4 a 5 mil propriedades na lista. Os auditores europeus cumprem agenda hoje e amanhã no Rio Grande do Sul, dentro da rodada de avaliação dos Estados habilitados. Eles devem visitar propriedades em cinco municípios gaúchos.
O ministro participou hoje da abertura da Expodireto Cotrijal, feira agrícola em Não-Me-Toque, a 280 quilômetros de Porto Alegre (RS).