Roberto Waack, de 57 anos, tem uma missão nada fácil. Presidente da Renova, fundação criada com a missão de implementar e gerir os programas de reparação dos impactadas do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, ele lida com indenizações, reassentamentos, recuperação da água e reflorestamento. O auxílio emergencial é pago a 8 mil pessoas. Só 180 mil foram ressarcidas pela falta de água – de um total de 450 mil afetados. Outros estão em fase final de negociação.

continua após a publicidade

A parte das indenizações é considerada a mais complexa, mas a Renova diz que já iniciou os processos de pagamento. “É difícil estimar todas as atividades econômicas de cada um, pesca, pousada, agronegócio, fora danos morais.”

continua após a publicidade

Waack admite lentidão. “Demorou sim. Mas não é um processo trivial”, afirma. “Por exemplo: 80% dos pescadores (que viviam da pesca no Rio Doce e afluentes) são informais, não têm como comprovar as perdas. Tivemos de buscar outras formas de comprovar isso.” A indignação de grupos afetados é “justificável”, segundo ele. “Elas (as vítimas) querem receber o dinheiro e têm razão.”

continua após a publicidade

Sobre a recuperação ambiental, garante não haver vazamento de rejeitos e destaca que a água voltou a ser potável. Muitos moradores, porém, continuam bebendo água mineral. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.